TRANSTORNO DE PÂNICO

O Transtorno de Pânico (TP) é um transtorno de ansiedade caracterizado pela ocorrência recorrente e inesperada de ataques de pânico. Segundo o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5ª edição), os ataques de pânico são eventos súbitos de medo intenso ou desconforto, que atingem o pico em minutos e se manifestam com uma combinação de sintomas físicos e psicológicos. Esses sintomas podem incluir:

- Taquicardia

- Tremores ou sensação de tremor

- Dificuldade para respirar ou sensação de sufocamento

- Tontura, sensação de desmaio ou vertigem

- Sensação de desrealização (sentir que o ambiente ao redor está irreal) ou despersonalização (sentir-se distanciado de si mesmo)

- Medo de perder o controle ou de "enlouquecer"

- Medo de morrer

- Calafrios ou suores

- Sensação de aperto no peito

De acordo com o DSM-5, o diagnóstico de Transtorno de Pânico é feito quando a pessoa apresenta ataques de pânico recorrentes e inesperados, seguidos por pelo menos um mês de uma ou mais das seguintes consequências:

1. Preocupação persistente com novos ataques de pânico.

2. Mudanças comportamentais significativas devido ao medo de futuros ataques (por exemplo, evitar lugares ou situações onde um ataque possa ocorrer).

Características Diagnósticas:

O diagnóstico de Transtorno de Pânico também exige que os ataques de pânico sejam inesperados, ou seja, não ocorrem em resposta a uma situação específica ou estressor. Quando os ataques ocorrem de forma inesperada, sem uma causa aparente, a pessoa tende a desenvolver um medo intenso de que os ataques se repitam, o que pode levar a comportamentos de evitação e, consequentemente, prejudicar a qualidade de vida.

Diferenciação:

No DSM-5, é importante distinguir o Transtorno de Pânico de outros transtornos, como o Transtorno de Ansiedade Generalizada, Transtorno de Ansiedade Social e Fobias Específicas, pois cada um apresenta características e critérios diagnósticos específicos.

Tratamento:

O tratamento do Transtorno de Pânico pode incluir intervenções psicoterapêuticas, como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), que visa ajudar o paciente a entender e modificar padrões de pensamento disfuncionais, além de técnicas de exposição gradual para reduzir o medo. Medicamentos, como antidepressivos (inibidores seletivos da recaptação de serotonina - ISRS) ou benzodiazepínicos, também podem ser indicados para controlar os sintomas.

Em resumo, o Transtorno de Pânico, conforme descrito no DSM-5, é uma condição que afeta significativamente a vida cotidiana dos indivíduos e exige um diagnóstico cuidadoso e um tratamento apropriado, que pode incluir psicoterapia e/ou medicação.

TALITA MACIEL

CRP 06/179350